Os factos, os acontecimentos e as motivações que conduziram ao nascimento da APR
- Os factos e acontecimentos:
Os primeiros espectáculos de rodeo à portuguesa, foram realizados pela empresa
Megalqueva - Promoção e Realização de Eventos, na década de 90. Às arenas das praças
de touros e de outros recintos criados para o efeito, estiveram presentes milhares de
espectadores numa média de 3000 por evento.
Foi ainda a Megalqueva - Promoção e Realização de Eventos em colaboração com outras
empresas e com outras pessoas que, a 31 de Maio de 2008, na cidade de Santiago do
Cacém, realizaram a prova oficial mais mediática deste desporto, em Portugal.
No recinto da Santiagro 2008, para assistir ao espectáculo, estavam 8000 pessoas
aproximadamente.
Foram também os mesmos protagonistas que viriam a fundar a actual Associação
Portuguesa de Rodeo (APR) que apresentaram, pela primeira vez, na Europa, a 1ª mulher
Locutora de rodeo. Fernanda Franco é a 1ª locutora de Rodeo da Europa e uma das poucas
existentes no mundo, pois a modalidade é dirigida e representada, quase na totalidade, por
homens.
- As motivações:
Desafiar o touro bravo (de lide) nas montadas era um feito único no mundo. Quisemos
integrar esta raça por duas razões: uma era valorizarmos o touro bravo com a sua
participação em mais um espectáculo contribuindo, desta forma, para a manutenção da
espécie, e a outra razão era saber como os atletas iriam encarar a montada nesta raça
sabendo como ela reage à presença e ao contacto com o homem.
A montada neste animal exige, do atleta que o monta, uma apurada técnica na queda e uma
grande rapidez para escape da investida do touro.
As montadas em animais de raça brava e de outras raças (de animais corpulentos e
perigosos) exigem dos atletas, grande concentração, equilíbrio, enorme força de braço e
audácia.
O perigo iminente a cada salto esgotava os níveis de adrenalina de atletas e público em cada
espectáculo.
Os vários confrontos PORTUGAL-BRASIL nas montadas em cavalos bravos e e touros bravos
apaixonavam o público português pelo rodeo.
Ao nível dos atletas a grande atracção do rodeo nacional, foi o jovem António Alexandre
(Aljustrel-Alentejo), que se consagrou o melhor atleta português de sempre até aos dias de
hoje.
Este atleta de Aljustrel demonstrou um excelente controlo e domínio dos touros que montou,
feito que o levou a ser considerado, pela APR e pela imprensa, um atleta ao nível dos
melhores do mundo.
Pela classe que demonstrou em todas as provas, o António Alexandre conquistou a
pontuação mais elevada, o que o colocou na categoria de atleta internacional na modalidade
de touro.
Após todas as evidências recolhidas ao logo destas, quase, duas décadas de anos ligados ao
espectáculo e ao rodeo em Portugal, ao Dr. José Manuel Carvalho (Gerente da Megalqueva -
Promoção de Eventos) e aos seus colaboradores, não lhes restava outra alternativa que não
fosse o “arrumar da casa” do rodeo à portuguesa.
E nesse “arrumar de casa do rodeo português” nasce, legalmente, a Associação Portuguesa
de Rodeo (APR), em 12 de Agosto de 2008.
A APR foi criada para dirigir e oficializar todos os eventos de rodeo a realizar em território
português, a contar para o ranking mundial deste desporto.
A APR é ainda associada da IPR (INTERNATIONAL PROFESSIONAL RODEO) entidade
coordenadora do rodeo mundial.
Os principais objectivos da APR foram sempre o de colocar atletas portugueses a competir
além fronteiras e trazer, a Portugal, os melhores cowboys do mundo.
O RODEO À PORTUGUESA
Os primeiros registos públicos de espectáculos com
vacas e touros bravos remontam ao séc.VIII como
forma de animar diversos eventos.
Esses espectáculos consistiam em homens mais
audazes apanharem e montarem vacas e touros
bravos para dessa forma entreterem a assistência e
disputarem a valentia de cada um.
Mais tarde, já próximo dos nossos dias, nas garraiadas
populares, um pouco por toda a parte, homens e
adolescentes montam vacas bravas e touros bravos.
A prática de montar vacas e touros remonta o séc.VIII.
Foi uma actividade sempre praticada desde esse
tempo mas que nunca teve uma afirmação como
espectáculo só por si devido ao facto de nenhum
empresário se ter dedicado à actividade enquanto
espectáculo e divertimento social.
Por outro lado a tauromaquia foi tomando esse lugar e
evoluiu assim como espectáculo conquistando, ao
longo dos tempos, cada vez mais aficionados.
Pode-se assim afirmar que o rodeo é uma tradição
portuguesa, mas oculta durante cerca de XII séculos.
Nos últimos dez anos, o Dr. José Manuel Carvalho,
professor, mestre em Biologia do Desenvolvimento,
promotor de eventos e um apaixonado pelo rodeo,
dedicou-se, durante anos, a observar estas
manifestações embrionárias de algumas modalidades
do rodeo, que como se sabe, consiste em homens
montarem touros e cavalos selvagens/bravos, no
intuito de se equilibrarem na montada o máximo de
tempo possível. Um pouco à semelhança do que
acontece noutros pontos do mundo, Brasil, México,
Estados Unidos da América (Texas), Canadá e
Austrália.
A 2 de Maio de 2008, numa das suas deslocações a um espaço onde aconteciam montadas
em touros bravos, José Manuel Carvalho, assistiu a uma montada espectacular em touro
bravo, que o impressionou.
Tratava-se do jovem, António Alexandre, nativo de Aljustrel(Baixo Alentejo), que ao montar
um touro bravo o fez de forma exemplar, mais parecia que montava um cavalo manso(total
domínio do touro), o que fez levantar toda a assistência presente.
E este foi o momento da consagração do rodeo em Portugal.
António Alexandre(atleta), José Manuel Carvalho(dirigente), Fernanda Franco(locutora) e
seus colaboradores escreveram assim, as primeiras linhas da história do rodeo nacional.
Outros se lhes associaram(Fábio Rosa-atleta, Vítor Augusto-atleta, Paulo Augusto-atleta e
António Alexandre-ganadeiro) para criarem a Associação Portuguesa de Rodeo (APR) e por
consequência, o Campeonato Nacional de Rodeo à Portuguesa (CNRP).
Actualmente, o CNRP, desenvolve um dos mais importantes focos de atracção por onde quer
se realizem as suas provas assumindo, desta forma, um papel de destaque na promoção
desta actividade que já se tornou parte integrante das programações dos principais eventos
do país.
O rodeo à portuguesa é um espectáculo que confronta, de forma directa, os homens e os
animais, onde estes saem sempre vencedores, os homens vitoriosos e a assistência fica ao
rubro com os feitos hábeis e audazes dos atletas/artistas.
O Campeonato Nacional de Rodeo à Portuguesa (CNRP), é hoje uma realidade no país. É
promovido e dirigido pela Associação Portuguesa de Rodeo (APR). Assim todas as provas
oficiais terão de ser dirigidas por um director delegado da APR, que fiscaliza todos
pressupostos expressos no regulamento próprio do CNRP. As provas são ainda classificadas
por um colectivo de Juízes de prova que classificam os montadores e os animais, para
apuramento dos melhores montadores e dos melhores animais(que mais saltam dificultando
o equilíbrio dos montadores) e que levam, deste modo, o espectáculo e a emoção às arenas
do rodeo.
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